O serrinhense José Roque dos Santos, 43 anos (pedreiro), é uma das vítimas do acidente que ocorreu no canteiro de obras do edifício Empresarial Paulo VI, na Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM), em Salvador, na manhã desta terça-feira (9).

Outros oito operários morreram após a queda de um elevador. O equipamento despencou do 20º andar da obra por volta das 7h30.

Três equipes dos bombeiros foram encaminhadas para atender a ocorrência. Segundo testemunhas, as nove pessoas que morreram estavam dentro do elevador e mais ninguém ficou ferido. Os corpos dos trabalhadores foram retirados do local e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), em Salvador. Familiares de vítimas passaram mal e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Também atuaram no local do acidente equipes da Polícia Militar, funcionários do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e policiais da 16ª Delegacia, responsável pela área, que investigarão as causas do acidente.

Além de José Roque, morrem Helio Sampaio, 51 anos (pedreiro), Antônio Elias da Silva, 57 (carpinteiro), ambos da cidade de Conceição do Coité, e Jairo de Almeida Correia, 47 (ajudante prático), natural de Irará.

De acordo com a delegada Jussara Santos, a hipótese de superlotação do elevador, por enquanto, é descartada. “Ele tinha capacidade para doze pessoas e, até onde a gente sabe, tinham nove. Vamos buscar quem é o responsável, que deve responder por homicídio culposo. A perícia deve ser concluída em 30 dias”, explica a delegada.

O superintendente da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), Cláudio Silva, esteve no canteiro e informou que os trabalhos foram suspensos por tempo indeterminado. Silva acrescentou que a obra possui licença e alvará regularizados para funcionamento. O prédio tem 20 andares e mais oito pavimentos de estacionamento.

Em nota, a construtora Segura, responsável pela obra, afirmou que assim que soube do acidente tomou as medidas necessárias para apoiar tanto os demais funcionários envolvidos na construção, quanto os familiares das vítimas. A nota diz ainda que as investigações estão sendo acompanhadas pela construtora, que alega que “o equipamento estava funcionando dentro dos parâmetros de segurança e em perfeito estado de conservação”.

Primeiro dia – O operário Ailton Alves Reis, irmão do coiteense Antônio Alves Reis que morreu na queda, afirmou que o acidente ocorreu na terceira vez do dia em que o elevador fazia a subida. Segundo ele, seu irmão que era conhecido como “Itinga”, estava no primeiro dia de trabalho naquele canteiro. Airton Reis contou que conversou com o irmão momentos antes de entrar no elevador. “Ele disse que ia lá em cima ver como estava o trabalho”, disse Ailton Reis.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom), Raimundo Brito, informou que vai acompanhar o trabalho das equipes da polícia civil e técnica. “Nós não podemos falar muito neste momento, mas infelizmente a construção civil passa por problemas de segurança. Queremos uma discussão sobre segurança e condições de trabalho fora de momentos como este”, lamenta Brito.

Veja a relação com os nomes de outras cinco vítimas

-Antônio Luiz Alves Reis, 55, natural de Conceição do Jacuípe
-Martinho dos Santos, 50, natural de Conceição da Feira
-Lourival Ferreira, 68, natural de Salvador
-Manoel Bispo Ferreira, 40, natural de São Miguel das Matas
-Antonio Reis do Carmo, 62, natural de Nazaré de Jacuípe

Fonte: Cleriston Silva

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